quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Igreja: de Gutenberg ao Facebook

A mensagem pode ser diferente, mas o meio parece ser o mesmo. Da religião muçulmana ao budismo, passando pela Igreja Evangélica e Ortodoxa, todos seguem o exemplo da Igreja Católica ao reconhecer as potencialidades da Internet, seja para comunicar com os fiéis ou para dar a conhecer a sua religião. Evidencia-se desta forma a evolução na forma de propagação da fé, marcada por um progresso gradual desde a imprensa de Gutenberg aos dias de hoje. Contudo, esta evolução esteve estagnada, pois durante muito tempo a Igreja Católica deteve o maior de todos os meios de comunicação de que se tem conhecimento na História: o púlpito. O lugar a partir do qual se fazia a pregação também era o lugar de onde partiam as orientações, as boas e as más notícias. A partir da metade do século passado, quando a sociedade deixou gradualmente de ser rural para ser iminentemente urbana, este eixo também se deslocou e a Igreja teve dificuldade em encontrar o seu lugar.


Ultimamente, a evangelização pelos meios de comunicação online tem sido uma das principais preocupações do Vaticano. São frequentes os pronunciamentos do Papa e de outros membros da cúria romana sobre a necessidade urgente de a Igreja (clero e leigos) usar estes meios de forma consistente e criativa, sem obviamente se descuidar a evangelização e o testemunho cristão. A ideia que se tinha da Igreja Católica como estrutura rígida de transmissão da sua doutrina parece cada vez mais estar a cair por terra, pois existem cada vez mais blogs, páginas de Internet e redes sociais ligados à religião. Tratar-se-á de cumprir o desafio que Jesus propôs aos seus discípulos “ide por todo o mundo e anunciai a Boa Nova"? Ou será uma tentativa de resgate de fiéis?

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FÁBIO VENTURA
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