quarta-feira, 29 de julho de 2009

Galeria de arte encoraja profanação da Bíblia


Uma instalação montada numa galeria de arte de Glasgow convidava as pessoas que se sentem ostracizadas pela religião a escreverem o que quisessem nas páginas de uma Bíblia aberta. Os funcionários ofereciam canetas a quem as solicitasse.

A partir do momento em que o caso começou a gerar polémica, a Gallery of Modern Art encerrou a Bíblia num mostruário, convidando os visitantes a escrever comentários em folhas brancas.

Inicialmente, o projecto “Untitled 2009” era dirigido a “homossexuais e transexuais que se sintam excluídos pela religião”. Os comentários atingiram níveis de obscenidade e de ofensa que motivaram o Vaticano a lamentar o “vandalismo” a que a Bíblia estava a ser sujeita. “Nojento e ofensivo”, foi como um porta-voz da Igreja Católica descreveu o projecto acrescentando que “não lhes passaria pela cabeça fazer isto com o Alcorão”.

A instalação, assinada por Anthony Schrag, não foi a única a ofender os cristãos. Na galeria, pode-se ainda ver-se um vídeo em que uma mulher surge a rasgar páginas de uma Bíblia, colocando-as na boca e na roupa interior.

A advogada Andrea Minichiello Williams, directora de uma organização de advogados cristãos, criticou severamente a exposição, afi rmando ter-se chegado “ao ponto em que descrevemos a profanação da Bíblia como arte moderna”. Williams sublinhou também que a Bíblia “representa o contrário desta arte: criação, beleza, esperança e regeneração”.

(RR)

Sem comentários: