segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O idiota

Conta-se que numa pequena localidade do interior, um grupo de pessoas divertia-se com o idiota da aldeia. Um pobre coitado de pouca inteligência, que vivia de pequenos biscates e sobretudo de esmolas.

Diariamente, eles chamavam o bobo ao bar onde se reuniam e ofereciam-lhe a escolha entre duas moedas – uma grande de 50 cêntimos e outra menor, de 1 euro. Ele escolhia sempre a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.

Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não tinha percebido que a moeda maior valia menos. 'Eu sei' – respondeu o homem que afinal não era tão tolo assim – 'ela vale metade do valor, mas no dia em que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou ganhar mais nenhuma moeda.'

Podem tirar-se várias conclusões dessa pequena narrativa:
A primeira: quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: quais são os verdadeiros tolos da história?
A terceira: se você for demasiado ganancioso, acaba por estragar a sua possível fonte de rendimentos.

Mas a conclusão mais interessante é a seguinte:
A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.

Portanto, 'o que importa não é o que pensam de nós, mas o que realmente nós somos.'
'O maior prazer de um homem inteligente é fazer de idiota, diante de um idiota que faz de inteligente'

Sem comentários: